Dois dos bad boys da Literatura estiveram em foco por estes dias:
1. Lobo Antunes. A 28 de Outubro foi lançado "Sôbolos rios que vão", mais um título para o cardápio mais original de títulos em língua portuguesa. O escritor que parece estar sempre zangado com tudo e todos, que se pudesse acabava as entrevistas antes de estas começarem, que não tem problemas em criticar o que não aprecia, como se comentasse o tempo, em especial certa literatura portuguesa que parece produzida em série numa fábrica escondida (dica: o autor expoente desse género de literatura é pivot de um noticiário e os seus livros envolvem intrigas parecidas com as de Dan Brown. cf na wikipédia José Rodrigues dos Santos). O livro referido, "Sôbolos rios que vão", é sobre o senhor Antunes e a sua passagem por um hospital para ser operado a um cancro. A par da guerra colonial e de África é talvez este o tema mais auto-biográfico na escrita de Lobo Antunes. A passagem pelo hospital parece ter humanizado o senhor Antunes, tanto o autor como o personagem.
2. Michel Houellebecq. Nesta segunda-feira, foi anunciado como o contemplado com o prémio Goncourt de 2010 com o "La Carte et le Territoire". Um prémio que dá pouco dinheiro mas muitos proveitos indirectos para o autor e editora em venda posteriores do livro. Michel Houellebecq (nascido Michel Thomas, o Houellebecq é só para chatear) é polémico por natureza, numa atitude que começa nos livros e que continua nas declarações à imprensa, que vão desde a clonagem ao aborto, às diversas religiões e até a acusações de plágio envolvendo o livro que acaba de ganhar o prémio.
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