8 de dezembro de 2010

Cormac McCarthy: "Este país não é para velhos"

Um  homem, Llewelyn Moss, no meio do deserto inicialmente à caça de antílopes, apodera-se de uma mala cheia de dinheiro e leva-a para casa. Atrás de si ficou um rasto de destruição, resultado de um negócio de droga que correu mal na fronteira do México com os Estados Unidos. Levar a mala consigo pode ter sido o maior erro da sua vida. Isso ou voltar lá no dia seguinte num acto de misericórdia. A partir desse momento tudo será diferente na sua vida: será perseguido por Anton Chigurh, um sociopata que parece não poder ser destruído por nada, mas que destrói tudo à sua volta; por Carson Wells, outro atirador contratado para recuperar o dinheiro; e ainda, mas num sentido diferente, pelo xerife Ed Tom Bell, um homem em constante contradição entre o que faz ou quer fazer e o que pensa, que parece não se ter conseguido adaptar aos novos tempos. O xerife ao resolver o crime de droga, tenta arranjar uma solução para Moss e para a sua mulher que também teve de fugir por medo de represálias. 
Cormac McCarthy, com este romance escrito em 2005, e que passou a filme pelos irmãos Coen (quatro óscares em 2008: filme, realizador, argumento adaptado e actor secundário, neste caso para Javier Bardem) traça-nos, muito ao seu estilo, uma América dos anos oitenta crua, violenta, com muitos vícios e loucura onde o fim justifica os meios.

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