naquele espelho, oceano ténue,
olhou para a eternidade nos seus olhos
e lembrou-se de um poço que tinha visto em criança.
ajoelhou-se e raspou a dignidade nesse estreito fundo,
tremendo os dedos e limpando das unhas
apenas um céu de ternura e abismo.
lambeu de forma inútil as feridas que fizera nas rochas
e com as expectativas traídas incendiou o coração.
reza a história que chegou de mansinho e morreria tornado,
se na terra houvesse genuinamente respirado.
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